2025 começa com um Open da Austrália onde Jannik Sinner vai tentar prolongar o domínio do ano anterior, Carlos Alcaraz vai procurar estrear-se a ganhar em Melbourne e Novak Djokovic vai fazer mais uma investida rumo ao histórico 25.º Grand Slam. Sobre o fim da carreira, nada fala. E Tim Henman diz que ficaria surpreendido “se ele próprio” soubesse quando quer deixar os courts.
No meio da recente e surpreendente parceria entre Novak Djokovic e Andy Murray, o Open da Austrália vai arrancar claramente debaixo da sombra dos escândalos de doping que têm agitado a modalidade nos últimos meses. No último verão, soube-se que Jannik Sinner acusou doping em duas ocasiões e foi ilibado pela Agência Internacional para a Integridade no Ténis, mas a Agência Mundial Antidoping recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto e o caso ainda não tem desfecho conhecido.
O tenista italiano, porém, mantém a versão de absoluta inocência. “Sei exatamente aquilo que todos vocês sabem. Estamos numa fase em que nem eu sei muitas, muitas coisas. Mas claro que penso sobre o assunto. Estaria a mentir se dissesse que me esqueço”, disse Sinner há alguns dias. De acordo com o atual número 1 do ranking, o esteróide proibido surgiu nos testes antidoping depois de ter sido contaminado por um fisioterapeuta durante uma sessão de tratamento.
Ténis: Jannik Sinner testou positivo para doping em Indian Wells mas foi ilibado
No fim de novembro, foi a vez de Iga Swiatek. Numa notícia que começou por ser adiantada pela BBC, a tenista polaca aceitou uma suspensão de um mês depois de também ter acusado uma substância proibida. Segundo a Agência Internacional para a Integridade no Ténis, Swiatek acusou trimetazidina em medicação para dormir que cruzou com um medicamento para o coração numa amostra em agosto de 2024 fora da competição. Ou seja, depois dos Jogos Olímpicos de Paris onde conquistou a medalha de bronze.
Ainda de acordo com o mesmo organismo, a tenista de 23 anos teve o resultado positivo devido a uma contaminação de um medicamento que está regulamentado, não existindo qualquer prova ou indício de qualquer falha ou negligência por parte de Iga Swiatek. Foi por isso, aliás, que a sanção não passou do mês de suspensão, sendo que antes a polaca tinha sido suspensa provisoriamente entre os dias 22 de setembro e 4 de outubro.
Entretanto, nos últimos dias, Max Purcell tornou-se o protagonista de um novo caso. O tenista australiano, que já conquistou Wimbledon e US Open em pares, vai falhar o Open da Austrália depois de ter voluntariamente aceitado uma suspensão imposta pela Agência Internacional para a Integridade no Ténis após também ter acusado uma substância proibida num controlo antidoping.
“Recebi, sem conhecimento, uma transfusão de vitaminas acima do limite permitido de 100 mililitros. As notícias são devastadoras para mim, porque sempre me orgulhei de ser um atleta que garantia que estava tudo dentro do permitido. Espero regressar aos courts em breve”, indicou o tenista de 26 anos num comunicado, acrescentando que foi ele próprio a comunicar à Agência o que se tinha passado.