Menos de três anos depois de voltar a operar na Venezuela – com o relaxamento de sanções promovido pelo Governo Biden – a Chevron agora terá 30 dias para fazer as malas e deixar o país.
Com a decisão – que impõe um prazo bem mais apertado de execução que os habituais seis meses – o Governo Trump pressiona o regime de Nicolás Maduro a assinar rapidamente um acordo para realizar reformas democráticas e aceitar venezuelanos deportados dos EUA.
A ação da petroleira operava estável nesta terça-feira após a decisão.
A Chevron havia voltado à Venezuela em novembro de 2022. Diante de promessas de Maduro de aceitar ajuda humanitária e promover eleições livres, Biden havia permitido que a empresa extraísse petróleo no país através de JVs com a PDVSA para exportar para os EUA.
De lá para cá a produção cresceu e proporcionou um impulso econômico significativo à economia venezuelana, disse a Bloomberg, ajudando a domar a inflação altíssima e injetando moeda forte no setor privado do país.
Isso já havia criado um mal-estar especialmente entre os republicanos da Flórida, que argumentavam que a empresa estava dando uma alternativa econômica para o regime mesmo após as reformas democráticas não avançarem, segundo a Bloomberg.
Apesar disso, Trump enviou uma delegação a Caracas no início do ano, numa reunião vista como um “novo começo” e que resultou na libertação de seis prisioneiros americanos e no reinício dos voos de deportação.
Mas o caldo voltou a entornar nos últimos dias.
Trump criticou Maduro por não dar celeridade ao processo de repatriação dos venezuelanos, o que acabou sendo o estopim da decisão de hoje.
ARQUIVO BJ
Chevron voltará a produzir petróleo na Venezuela