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O presidente do Fórum das Associações Moçambicanas de Deficientes (FAMOD), Zeca Chauque, referiu que aquela classe social continua a enfrentar inúmeras dificuldades para ter acesso a oportunidades e serviços essenciais. Apresentaram ainda inquietações com destaque para formas de discriminação ainda impostas pelo Artigo 47 da Constituição da República, bem como por disposições do Código Civil e outras legislações que, segundo afirmou Chauque, necessitam de revisão urgente.
As preocupações foram apresentadas durante o encontro com a Comissão de Diálogo Nacional, realizado na cidade de Maputo, no prosseguimento do processo de auscultação pública em curso, no país.
Na ocasião, o presidente da Comissão Técnica de Diálogo Nacional, Edson Macuácua, orientou o FAMOD a sistematizar todas as questões apresentadas, com vista à sua inclusão na Mesa-Redonda sobre Direitos Humanos em Moçambique, agendada para Dezembro deste ano, onde deverão ser debatidas de forma aprofundada.
Durante o encontro, Edson Macuácua encorajou ainda a participação activa das pessoas com deficiência no diálogo, destacando a importância de se apropriarem do espaço cívico criado para apresentação das suas preocupações, visando promover a inclusão e a justiça social em Moçambique.