Donald Trump deixou este sábado os analistas em KO, que esperavam que ele adiasse o desencadeamento de uma guerra comercial em larga escala para depois de concluído em abril um estudo sobre a balança comercial dos Estados Unidos que ele próprio ordenou desde que chegou à Casa Branca.
O presidente norte-americano, a partir do seu clube em Mar-a-Lago, na Florida assinou, pelas cinco horas da tarde locais (10 da noite em Portugal) de 1 de fevereiro, a primeira fase de um ciclo de ‘tarifas’ (taxas alfandegárias) que, a partir de 4 de fevereiro, ao meio dia e um minuto, hora de Washington (5 da tarde e um minuto em Portugal), vai atingir mais de 1,2 biliões de dólares de importações oriundas do Canadá, China e México. A economia mais castigada vai ser o vizinho do Sul, o México, que lidera as importações norte-americanas e que a diretiva de Trump acusou de uma “aliança intolerável” entre os cartéis da droga e o governo.
Justin Trudeau, no Canadá, retaliou, três horas depois, com um pacote de taxas em duas fases que abrange só 30% das exportações para os EUA e no México repudiou-se a “calúnia” de Trump e a presidente Claudia Sheinbaum deu ordem para colocar em marcha um “Plano B” com taxas diferenciadas de 5% a 25%, de onde se poderá isentar a indústria automóvel. A China apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio e não avançou, ainda, com o anúncio de medidas de retaliação.