O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, iniciou hoje uma visita oficial de 72 horas a Angola, com foco no reforço das relações entre os dois países, com balanço comercial favorável à Alemanha.
Segundo dados oficiais, a Alemanha exportou para Angola 275,2 milhões de euros em bens em 2024, quase o dobro das exportações angolanas para o mercado alemão (192,3 milhões de euros), mantendo um saldo favorável a Berlim, sustentado na venda de máquinas, produtos alimentares e equipamentos industriais.
De acordo com as estatísticas alemãs, as exportações alemãs para Angola subiram 18,5% em 2023, mas registaram uma ligeira quebra de 2,4% em 2024, totalizando 275,2 milhões de euros.
Já as importações provenientes de Angola caíram 46,1%, passando de 356,8 milhões em 2023 para 192,3 milhões de euros em 2024, mantendo-se um saldo positivo de cerca de 83 milhões de euros a favor da Alemanha.
Máquinas (34,4%), produtos alimentares (23,2%), equipamentos electrónicos, químicos e metalúrgicos dominam as exportações alemãs para Angola, enquanto o petróleo e gás natural representam 98,5% das vendas angolanas para a Alemanha.
O investimento directo alemão em Angola permanece reduzido, tendo passado de 20 milhões de euros em 2022 para 13 milhões em 2023.
Na quarta-feira, o programa da visita inclui honras militares e deposição de uma coroa de flores no sarcófago de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, e uma cerimónia oficial no Palácio Presidencial, onde Steinmeier irá encontrar-se com o homólogo, João Lourenço, estando prevista a assinatura de acordos bilaterais e declarações à imprensa.
Durante a tarde, o Presidente alemão visitará o Centro de Ciência de Luanda, antes de seguir, na quinta-feira, para a província do Huambo onde cumprirá um programa cujos detalhes não foram divulgados.
A viagem de Steinmeier é demonstrativa da aproximação entre Berlim e Luanda num contexto em que a Alemanha procura consolidar a sua presença económica em África e Angola procura atrair investimento estrangeiro para acelerar a diversificação económica.
Visitado 40 times, 1 visitas hoje
